Italiano com textos
- 10 aulas
- 40 vídeos
- 16 horas de curso
- Ciências humanas e Literatura
Veja o vídeo e entenda o que é e como funciona o curso de tradução de Italiano com textos
A quem se destina?
Se você já traduz italiano e sente que precisa rever ou reforçar alguns pontos, ou se você está querendo começar e tem milhões de dúvidas, este é o curso indicado. Por quê? Porque com ele você põe a mão na massa, e isso é muito importante para o desenvolvimento pleno do tradutor.
Como se estrutura o curso?
- Inscrevendo-se no curso de italiano com textos, você tem acesso a dez aulas, com textos e 40 vídeos de 25 minutos em média cada um. Todo o material está dividido em 2 grandes seções. Quais são essas seções?
- A primeira é de textos de ciências humanas. Como você deve saber, esse é o grande filão do trabalho de tradução para as editoras. Nessa seção, abordamos textos de diversas naturezas: a recuperação de construções romanas (arqueologia), as relações entre o papado e as cruzadas (história); o educação para a morte (filosofia), a arte (estética) a publicidade social (publicidade).
- A segunda grande seção é dedicada à tradução de literatura. Avançando de acordo com o grau de dificuldade, partimos de Grazia Deledda (La Giustizia) e seguimos com Goliarda Sapienza (L’arte della gioia), Antonio fogazzaro (Piccolo mondo moderno), Andrea Camilleri (La piramide di fango) e Daniele Petruccioli (La casa delle madri).
Como funciona?
Primeiro, você tem acesso aos textos com que vamos trabalhar. Eles estão no site das aulas, em formato PDF. Para seu melhor aproveitamento, é aconselhável ler previamente o texto referente à aula a que você vai assistir. Nessa etapa você pode ir já pesquisando vocabulário e destacando dificuldades. Se quiser, também pode fazer o exercício de traduzi-lo, mas isso não é necessário. A seguir você assiste aos vídeos referentes à aula.
Conteúdo das aulas
Ano XI, n. 3, março de 1996: “L’Edificio commerciale”
(3 vídeos)
É um texto que tem duas características: termos de arquitetura e termos latinos, pois trata de um estudo em torno de antiga região romana. Nele vamos ver também a resolução de alguns problemas sintáticos.
(4 vídeos)
Trecho de: Marcello Pacifico, “Il papato e la propaganda di crociata al tempo del califfato islamico ne XIII secolo”, in Instituzioni ecclesiastiche e potere regio nel Mediterraneo medievale, org. P. Sardina et al, Quaderni, Mediterranea – ricerche storiche.
Estudo do emprego das palavras no seu âmbito de acepções e comparação dos dois conjuntos de significados, o da língua de partida e o da língua de chegada. Discussão do papel da etimologia nas escolhas, em cotejo com fatores de uso e de frequência.
Pesquisa e adaptação de nomes.
(3 vídeos)
Trecho Prefácio de Emanuele Severino a: Inês Tortoni, L’ultima nascita. Bollati Boringhieri, Turim, 2015.
Neste texto, além de alguns problemas de terminologia filosófica, são exploradas as diversas opções na tradução de frases aparentemente simples. O objetivo é evitar as traduções decalcadas que, para o leitor brasileiro, acabam dando a falsa e desagradável impressão de estar diante de um pensamento hermético.
(6 vídeos)
Introdução a Gianni Vattimo (org.), Estetica moderna, Il Mulino, Bolonha, 1977.
O texto apresenta trechos que exigem interpretação para a boa tradução. É o típico texto que, sem compreensão, pode conter armadilhas. É uma interessante introdução a vários conceitos-chave da filosofia e da história da arte.
(3 vídeos)
Trecho da apresentação de Giampaolo Fabris a Giovanna Gadotti, Pubblicità sociale, Franco Angeli, Milão, 2010.
No trecho selecionado, é necessário lidar com vários modos de expressão não muito tradicionais, solucionar termos ingleses não usados entre nós. Destaque à necessidade de analisar a redação e tomar decisões estilísticas e sintáticas
(4 vídeos)
Grazia Deledda, La Giustizia
A escrita de Deledda nos põe diante de um misto de tendências literárias. Em La Giustizia, a construção das personagens obedece a uma estruturação pós-romântica: não há heróis defensores obstinados de uma causa, as decisões e reflexões estão sempre envoltas no véu da vacilação e do indecifrável, a própria trama não ganha uma solução definitiva. Sua linguagem descritivista, apesar de herdeira de hábitos românticos, tem uma finalidade: a natureza é integrada às peripécias de tal modo que, não raras vezes, é ela que revela um ato, um pensamento, uma tendência, uma intenção. A tradução dessa descritividade precisa ser trabalhada com cuidado, na escolha de adjetivos. É nesse momento que o tradutor tem mais dificuldade para seguir os passos do texto: analisar o seu clima, a emotividade presente, para tentar descobrir de que modo manter a emoção, sem cair na pieguice.
(3 vídeos)
Goliarda Sapienza, L’arte della gioia, Einaudi, Turim, 2008
Em termos linguísticos, o texto oferece inúmeros desafios, pois, apesar de tecido majoritariamente no italiano padrão, nunca deixa de ser entretecido pelo linguajar siciliano, com sua cadência tranquila e marcada, com expressões intransponíveis para qualquer outra língua. Além disso, a narrativa, na maior parte em 1ª. pessoa, salta às vezes abruptamente para uma 3ª pessoa, e não é incomum que a protagonista se refira a si mesma por meio do seu nome, Modesta, num desdobramento que, aliás, não é estranho à própria fala de outras personagens, ao que parece reflexo de um uso siciliano.
(4 vídeos)
Antonio Fogazzaro, Piccolo mondo moderno
Fogazzaro escreve num italiano muito requintado, o que não o impede de inserir trechos dialetais em seu texto. No trecho escolhido, as escolhas da tradução incidem sobretudo na escolha do registro e dos pronomes de tratamento, em análises que precisam levar em conta os usos do século XIX entre nós.
(1 vídeo)
Andrea Camilleri, La piramide di fango, Sellerio, Palermo, 2014.
É muito comum a introdução de falas dialetais nos romances italianos. Essa introdução se dá por meio de palavras ou de falas mais ou menos longas. Nesses casos, a juízo do tradutor, essas inserções podem ser traduzidas ou deixadas no original. As frases mais longas, em geral, precisam ser traduzidas. Todas as opções serão ditadas pela situação de cada ocorrência, e os motivos para traduzir ou deixar no original serão pesados em cada texto.
Mas há casos em que a infiltração dialetal na língua padrão é mais densa. No caso de Camilleri, língua padrão e dialeto misturam-se inextricavelmente, criando uma terceira linguagem. Como traduzir?
(2 vídeos)
Daniele Petruccioli, La casa delle madri, Terrarossa Edizioni, 2020.
A abordagem da simetria ou da falta de simetria nas relações é a preocupação central desse trecho. Isso é feito por meio da relação entre dois gêmeos num episódio que transcorre na biblioteca de uma casa. Na tradução da cena é imprescindível a atenção a certos vocábulos que, funcionando como malhas, vão interligando a rede textual. Além disso, na própria construção dos períodos, transparece a simetria depreendida de uma relação gemelar nunca totalmente exaurida.
Importante: o aluno inscrito terá acesso ao curso durante seis meses.